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  • Fragmento
  • Fragmento
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  • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O homem nasce, cresce, alegre e crente Entra no mundo c'o sorrir nos lábios, Traz os perfumes que lhe dera o berço, Veste-se belo d'ilusões douradas, Canta, suspira, crê, sente esperanças, E um dia o vendaval do desengano Varre-lhe as flores do jardim da vida E nu das vestes que lhe dera o berço Treme de frio ao vento do infortúnio! Depois - louco sublime - ele se engana, Tenta enganar-se p'ra curar as mágoas, Cria fantasmas na cabeça em fogo, De novo atira o seu batel nas ondas, Trabalha, luta e se afadiga embalde Até que a morte lhe desmancha os sonhos. Pobre insensato - quer achar por força Pérola fina em lodaçal imundo! - Menino louro que se cansa e mata Atrás da borboleta que travessa Nas moitas do mangal voa e se perde
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obra
  • Fragmento
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Autor
  • Casimiro de Abreu
abstract
  • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O homem nasce, cresce, alegre e crente Entra no mundo c'o sorrir nos lábios, Traz os perfumes que lhe dera o berço, Veste-se belo d'ilusões douradas, Canta, suspira, crê, sente esperanças, E um dia o vendaval do desengano Varre-lhe as flores do jardim da vida E nu das vestes que lhe dera o berço Treme de frio ao vento do infortúnio! Depois - louco sublime - ele se engana, Tenta enganar-se p'ra curar as mágoas, Cria fantasmas na cabeça em fogo, De novo atira o seu batel nas ondas, Trabalha, luta e se afadiga embalde Até que a morte lhe desmancha os sonhos. Pobre insensato - quer achar por força Pérola fina em lodaçal imundo! - Menino louro que se cansa e mata Atrás da borboleta que travessa Nas moitas do mangal voa e se perde!... Dezembro - 1858.