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  • Bicho-carpinteiro
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  • Quando as crianças estão alvoroçadas, agitadas e irrequietas, costuma-se dizer estarao com o bicha-corpinteira Segundo Guilherme Santos Neves, que estudou o "animal" no artigo "Parece que tem bicho carpinteiro", o termo encontra-se em uso no Brasil e em Portugal desde, pelo menos, meados do século XVIII: "É mostarda ao nariz da paciência É pimenta ao paladar da vida É sevadilha à venta da advertência É pós de Joannes da alma na ferida É fumo à chaminé da consciência Que ao olho traz a lágrima vertida É o ciúme a briga do sentido É bicho carpinteiro do cupido""
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  • Quando as crianças estão alvoroçadas, agitadas e irrequietas, costuma-se dizer estarao com o bicha-corpinteira Segundo Guilherme Santos Neves, que estudou o "animal" no artigo "Parece que tem bicho carpinteiro", o termo encontra-se em uso no Brasil e em Portugal desde, pelo menos, meados do século XVIII: "O Anatômico jocoso, de frei Francisco Rei de Abreu Mata Zeferino (Lisboa, 1755, tomo 1), o registra em pelo menos duas passagens. Uma, à página 155. Depois de dizer que "os coríntios pintavam as desgraças com a cara de azougue" e que "este, em se vendo solto, não sabe ter sossego", o autor, como que se lembra do desassossego que o bicho carpinteiro provoca e então informa: "Do bicho carpinteiro, diz Filisteu Carpazio que basta meter-se na barriga, para desinquietar qualquer criatura...(Esse Fislisteu Carpazio é sujeito que nunca vi mais gordo). "É mostarda ao nariz da paciência É pimenta ao paladar da vida É sevadilha à venta da advertência É pós de Joannes da alma na ferida É fumo à chaminé da consciência Que ao olho traz a lágrima vertida É o ciúme a briga do sentido É bicho carpinteiro do cupido"" Ainda segunda informações de Santos Neves, o filólogo e folclorista português Leite de Vasconcelos, em Etnografia portuguesa (Lisboa, 1936, v.2, p.195), refere-se ao bicho-carpinteiro como sinônimo de oxiúro (Enterobius vermicularis). Este é um verme nemátode pequeno e fusiforme, que vive e reproduz-se no interior dos intestinos. É o parasita mais comum entre as crianças que vivem em climas temperados. Em nota ao vocábulo, Leite de Vasconcelos explica a expressão bicho-carpinteiro: "De ser muito incômodo o prurido anal causado por este verme, o que obriga o sofredor a movimentos sacudidos, costuma dizer-se de uma pessoa mexediça, que tem bicho-carpinteiro". Uma outra versão é dada por Antenor Nascentes em Tesouro da fraseologia brasileira (Rio de Janeiro, 1945, p.42): "Ter bicho carpinteiro: ser inquieto, traquinas, não poder ficar sentado num banco, numa cadeira, como se estivesse interiormente roído pelo coleóptero do gênero xylotrogus, conhecido vulgarmente por este nome". Bicho-carpinteiro é também, um dos nomes populares dos escaravelhos, insetos coleópteros, da grande família dos escarabeídeos (Scarabaeidae)
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