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  • Anarda ameaçando-lhe a morte
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  • Mas é tal essa fereza, Que quer dar a um fino amor Ũa morte com rigor, Outra morte co'a beleza. E com razão prevenida Quis duplicar esta sorte, Que a pena daquele é morte, Que a glória daquela é vida. Da morte já me contento, Se por nojo de mal tanto Derrames um belo pranto, Formes um doce lamento. Tornarás meu peito ativo Com tão divino conforto, Se ao rigor da Parca morto, Por glória do pranto vivo. De teu rigor aplaudidas Serão piedosas grandezas; Por que te armes mais ferezas, Por que te entregue mais vidas.
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obra
  • Anarda ameaçando-lhe a morte
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Autor
  • Manuel Botelho de Oliveira
abstract
  • Mas é tal essa fereza, Que quer dar a um fino amor Ũa morte com rigor, Outra morte co'a beleza. E com razão prevenida Quis duplicar esta sorte, Que a pena daquele é morte, Que a glória daquela é vida. Da morte já me contento, Se por nojo de mal tanto Derrames um belo pranto, Formes um doce lamento. Tornarás meu peito ativo Com tão divino conforto, Se ao rigor da Parca morto, Por glória do pranto vivo. De teu rigor aplaudidas Serão piedosas grandezas; Por que te armes mais ferezas, Por que te entregue mais vidas. Quando teu desdém se alista, Impedes o golpe atroz; Pois quando matas co'a voz, Alentas então co'a vista. Confunde pois a nociva Impiedade, que te exorta, A um tempo ũa vida morta, A um tempo ũa morte viva. De teu rigor os abrolhos Se rompem da vida os laços, Hei de morrer em teus braços, Hei de enterrar-me em teus olhos.