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  • A Tempestade
  • A tempestade
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  • Um raio Fulgura No espaço Esparso, De luz; E trêmulo E puro Se aviva, S’esquiva Rutila, Seduz! Vem a aurora Pressurosa, Cor de rosa, Que se cora De carmim; A seus raios As estrelas, Que eram belas, Tem desmaios, Já por fim. O sol desponta Lá no horizonte, Doirando a fonte, E o prado e o monte E o céu e o mar; E um manto belo De vivas cores Adorna as flores, Que entre verdores Se vê brilhar. Fogem do vento que ruge As nuvens aurinevadas, Como ovelhas assustadas Dum fero lobo cerval; Estilham-se como as velas Que no alto mar apanha, Ardendo na usada sanha, Subitâneo vendaval.
  • A Tempestade era uma estação da Iniciativa DHARMA que supostamente fornecia energia para a Ilha e também guardava um gás tóxico mortal. A Tempestade possui dois andares. O primeiro é uma passarela para dentro do andar principal e o segundo é um mezanino sob esse andar. O primeiro andar é o principal e está cheio de computadores. Um dos computadores é responsável por lançar o gás tóxico na atmosfera da Ilha. Goodwin trabalhava lá, após os Outros tomarem a Ilha, e sofreu com uma queimadura química durante o trabalho. ("The Other Woman")
  • O céu enegreceu: lá no ocidente Rubro o sol se apagou; E galopa o corcel da tempestade Nas nuvens que rasgou... Da gruta negra a catarata rola, Alaga a serra bronca, Esbarra pelo abismo, escuma uivando E pelas trevas ronca... O chão nu e escarvado p'las torrentes Trêmulo se fendeu... Da serrania a lomba escaveirada O raio enegreceu. Cede a floresta ao arquejar fremente Do rijo temporal, Ribomba e rola o raio, nos abismos Sibila o vendaval. Nas trevas o relâmpago fascina, A selva se incendeia... Chuva de fogo pelas serras hirtas Fantástica serpeia... Imagem:Separator.jpg
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obra
  • A Tempestade
  • A tempestade
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Number
  • Desconhecido
Notas
  • .
  • Publicado no livro Últimos Cantos .
Status
  • Fechada
Name
  • ATempestade
Autor
  • Álvares de Azevedo
  • Gonçalves Dias
Purpose
  • Fornece energia para a ilha
  • Libera gás tóxico
abstract
  • Um raio Fulgura No espaço Esparso, De luz; E trêmulo E puro Se aviva, S’esquiva Rutila, Seduz! Vem a aurora Pressurosa, Cor de rosa, Que se cora De carmim; A seus raios As estrelas, Que eram belas, Tem desmaios, Já por fim. O sol desponta Lá no horizonte, Doirando a fonte, E o prado e o monte E o céu e o mar; E um manto belo De vivas cores Adorna as flores, Que entre verdores Se vê brilhar. Um ponto aparece, Que o dia entristece, O céu, onde cresce, De negro a tingir; Oh! vede a procela Infrene, mas bela, No ar s’encapela Já pronta a rugir! Não solta a voz canora No bosque o vate alado, Que um canto d’inspirado Tem sempre a cada aurora; É mudo quanto habita Da terra n’amplidão. A coma então luzente Se agita do arvoredo, E o vate um canto a medo Desfere lentamente, Sentindo opresso o peito De tanta inspiração. Fogem do vento que ruge As nuvens aurinevadas, Como ovelhas assustadas Dum fero lobo cerval; Estilham-se como as velas Que no alto mar apanha, Ardendo na usada sanha, Subitâneo vendaval. Bem como serpentes que o frio Em nós emaranha, — salgadas As ondas s’estanham, pesadas Batendo no frouxo areal. Disseras que viras vagando Nas furnas do céu entreabertas Que mudas fuzilam, — incertas Fantasmas do gênio do mal! E no túrgido ocaso se avista Entre a cinza que o céu apolvilha, Um clarão momentâneo que brilha, Sem das nuvens o seio rasgar; Logo um raio cintila e mais outro, Ainda outro veloz, fascinante, Qual centelha que em rápido instante Se converte d’incêndios em mar. Um som longínquo cavernoso e ouco Rouqueja, e n’amplidão do espaço morre; Eis outro inda mais perto, inda mais rouco, Que alpestres cimos mais veloz percorre, Troveja, estoura, atroa; e dentro em pouco Do Norte ao Sul, — dum ponto a outro corre: Devorador incêndio alastra os ares, Enquanto a noite pesa sobre os mares. Nos últimos cimos dos montes erguidos Já silva, já ruge do vento o pegão; Estorcem-se os leques dos verdes palmares, Volteiam, rebramam, doudejam nos ares, Até que lascados baqueiam no chão. Remexe-se a copa dos troncos altivos, Transtorna-se, tolda, baqueia também; E o vento, que as rochas abala no cerro, Os troncos enlaça nas asas de ferro, E atira-os raivoso dos montes além. Da nuvem densa, que no espaço ondeia, Rasga-se o negro bojo carregado, E enquanto a luz do raio o sol roxeia, Onde parece à terra estar colado, Da chuva, que os sentidos nos enleia, O forte peso em turbilhão mudado, Das ruínas completa o grande estrago, Parecendo mudar a terra em lago. Inda ronca o trovão retumbante, Inda o raio fuzila no espaço, E o corisco num rápido instante Brilha, fulge, rutila, e fugiu. Mas se à terra desceu, mirra o tronco, Cega o triste que iroso ameaça, E o penedo, que as nuvens devassa, Como tronco sem viço partiu. Deixando a palhoça singela, Humilde labor da pobreza, Da nossa vaidosa grandeza, Nivela os fastígios sem dó; E os templos e as grimpas soberbas, Palácio ou mesquita preclara, Que a foice do tempo poupara, Em breves momentos é pó. Cresce a chuva, os rios crescem, Pobres regatos s’empolam, E nas turvam ondas rolam Grossos troncos a boiar! O córrego, qu’inda há pouco No torrado leito ardia, É já torrente bravia, Que da praia arreda o mar. Mas ai do desditoso, Que viu crescer a enchente E desce descuidoso Ao vale, quando sente Crescer dum lado e d’outro O mar da aluvião! Os troncos arrancados Sem rumo vão boiantes; E os tetos arrasados, Inteiros, flutuantes, Dão antes crua morte, Que asilo e proteção! Porém no ocidente S’ergue de repente O arco luzente, De Deus o farol; Sucedem-se as cores, Qu’imitam as flores Que sembram primores Dum novo arrebol. Nas águas pousa; E a base viva De luz esquiva, E a curva altiva Sublima ao céu; Inda outro arqueia, Mais desbotado, Quase apagado, Como embotado De tênue véu. Tal a chuva Transparece, Quando desce E ainda vê-se O sol luzir; Como a virgem, Que numa hora Ri-se e cora, Depois chora E torna a rir. A folha Luzente Do orvalho Nitente A gota Retrai: Vacila, Palpita; Mais grossa Hesita, E treme E cai.
  • A Tempestade era uma estação da Iniciativa DHARMA que supostamente fornecia energia para a Ilha e também guardava um gás tóxico mortal. A Tempestade possui dois andares. O primeiro é uma passarela para dentro do andar principal e o segundo é um mezanino sob esse andar. O primeiro andar é o principal e está cheio de computadores. Um dos computadores é responsável por lançar o gás tóxico na atmosfera da Ilha. Goodwin trabalhava lá, após os Outros tomarem a Ilha, e sofreu com uma queimadura química durante o trabalho. ("The Other Woman") Daniel Faraday e Charlotte Lewis do grupo do cargueiro desarmaram o sistema de gás venenoso da Tempestade para prevenir que Ben o usasse para matar a todos na Ilha. Charlotte voluntariou-se a visitar a estação Tempestade com Kate. ("The Other Woman") A entrada é um grande porta, que dá acesso a um corredor. A porta tem um mecanismo que se abre facilmente. O logo da Tempestade é visível na porta. O corredor que dá acesso à sala principal é bastante similar ao corredor na estação O Cajado. Nas parede laterais existem lâmpadas e autofalantes. Nomes químicos como Cloreto de Tionila e 0-Etil 2-(diisopropilamino)etil metillfosfato são mencionados. Estes são os compostos químicos de um gás venenoso pertencente ao grupo dos gases de nervos, o VX. O prompt de comando do computador pareceu ser o meio de controle das várias partes da máquina, incluindo comandos de fechamento de válvulas e ventoinhas e de alteração de temperatura. O outro sistema parecia ser um diagrama da máquina com informações resumidas indicadas na tela, bem como uma advertência de pressão. Os computadores por sua vez parecem variar (veja a imagem), um parece ser mais novo, e o outro parecer ser o velho Apple II (mas é impossível dizer se é do mesmo modelo do computador da estação O Cisne.)
  • O céu enegreceu: lá no ocidente Rubro o sol se apagou; E galopa o corcel da tempestade Nas nuvens que rasgou... Da gruta negra a catarata rola, Alaga a serra bronca, Esbarra pelo abismo, escuma uivando E pelas trevas ronca... O chão nu e escarvado p'las torrentes Trêmulo se fendeu... Da serrania a lomba escaveirada O raio enegreceu. Cede a floresta ao arquejar fremente Do rijo temporal, Ribomba e rola o raio, nos abismos Sibila o vendaval. Nas trevas o relâmpago fascina, A selva se incendeia... Chuva de fogo pelas serras hirtas Fantástica serpeia... Amo a voz da tempestade, Porque agita o coração... E o espírito inflamado Abre as asas no trovão! A minh'alma se devora Na vida morta e tranqüila... Quero sentir emoções, Ver o raio que vacila! Enquanto as raças medrosas Banham de prantos o chão, Eu quero erguer-me na treva, Saudar glorioso trovão! Jeová! derrama em chuva Os teus raios incendidos! Tua voz na tempestade Reboa nos meus ouvidos! É quando as nuvens ribombam E a selva medonha está, Que no relâmpago surge A face de Jeová! A tuba da tempestade Rouqueja nos longos céus, De joelhos na montanha Espero agora meu Deus! O caminho rasgou-se: mil torrentes Rebentam bravejando, Rodam na espuma as rochas gigantescas Pelo abismo tombando. Como em noite do caos, os elementos incandescentes lutam. Negra — a terra, o céu — rubro, o mar — vozeia — E as florestas escutam... Tudo se escureceu e pela treva, No chão sem sepultura, Os mortos se revolvem tiritando Na longa noite escura. Imagem:Separator.jpg Profeta escarnecido pelas turbas Disse-lhes rindo — adeus! Vim fitar ao clarão da tempestade — A sombra de meu Deus!
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